Apresentamos para pais e fonoaudiólogos o método de intervenção intitulado
“Enhanced Milieu Teaching with Phonological Emphasis- EMT/PE”, traduzido para o Português como “Capacitação do Meio, com ênfase fonológica”.
O MÉTODO (para pais ou cuidadores)
As malformações craniofaciais, como a fissura labiopalatina (FLP), situam-se entre os defeitos congênitos mais comuns. A ocorrência mundial das FLPs é de aproximadamente 1:600 nascimentos, havendo extrema necessidade de se desenvolver pesquisas que levem a tratamentos clínicos que minimizem as repercussões desta condição.
Embora exista uma vasta literatura sobre avaliação e tratamento cirúrgico da FLP, há relativamente poucos estudos sobre intervenções para melhorar a fala, particularmente em idades precoces, após o reparo cirúrgico.
Assim, pesquisadores do HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS da UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (HRAC-USP) e da UNIVERSIDADE DO ESTADO DO ARIZONA dos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA se uniram e elaboraram um método que tem por objetivo: treinar os pais e cuidadores para ajudar a criança com fissura de palato operada, dos 18 a 36 meses de idade, a produzir corretamente os sons da fala enquanto brinca e interage com os mesmos.
O MÉTODO (para fonoaudiólogos)
A experiência indica que o desenvolvimento da fala e linguagem de crianças com fissura palatina é caracterizado por déficits tanto na fala como no vocabulário, que persistem até o período pré-escolar e têm impacto sobre as primeiras experiências educacionais.
A presente proposta é resultado de um projeto desenvolvido no HRAC-USP em parceria com a ARIZONA STATE UNIVERSITY (ASU) e que levou à proposição de um método de intervenção precoce na fala de crianças com fissura palatina.
Trata-se de uma estratégia de ensino que visa a capacitação dos pais ou cuidadores para intervirem precocemente junto à criança com fissura de palato operada, aos 18-36 meses de idade. Tem como alvo a produção correta de sons em vocábulos, utilizando linguagem sistemática e pistas fonológicas incorporadas em atividades lúdicas e interações naturalísticas.
O método inclui três componentes:
(a) Arranjo Ambiental: para manter o interesse da criança, o ambiente é organizado de modo a otimizar as oportunidades de fala (prompting da linguagem).
(b) Estratégias de interação responsiva: são estratégias que propiciam os turnos, espelham comportamentos não-verbais, respondem às iniciativas da criança e fornecem modelos e expansões.
(c) Eventos que estimulam as crianças a usar um vocabulário mais elaborado e aumentam a inteligibilidade com modelagem elicitatória, mando-modelo, tempo de retardo, ensino incidental, e reformulação da fala.
EQUIPE
Pesquisadores Responsáveis:
Profa. Dra. Nancy Scherer – Investigador Principal (ASU)
Profa. Dra. Inge Elly Kiemle Trindade – Investigador Principal (HRAC-USP)
Profa. Dra. Ana Paula Fukushiro –Diretora do Projeto (HRAC-USP)
Dra.Renata Paciello Yamashita – Fonoaudióloga Líder (HRAC-USP)
Pesquisadores Colaboradores no Brasil:
Débora Natália de Oliveira – Fonoaudióloga (Doutoranda) – HRAC-USP
Itálita Christiane Gomes Weyand – Fonoaudióloga – FUNCRAF- S.Bernardo do Campo-SP
Dra. Rafaéli Higa Scarmagnani- Fonoaudióloga (Assistente de Pesquisa) – FUSP
Apoio Financeiro:
National Institutes of Health (NIH / USA)
Profa. Dra. Nancy Scherer
Investigador Principal (ASU)
Profa. Dra. Inge Elly K. Trindade
Investigador Principal (HRAC-USP)
Profa. Dra. Ana Paula Fukushiro
Diretora do Projeto (HRAC-USP)
Dra.Renata Paciello Yamashita
Fonoaudióloga Líder (HRAC-USP)
Débora Natália de Oliveira
Fonoaudióloga (Doutoranda) – HRAC-USP
Itálita Christiane Gomes Weyand
Fonoaudióloga – FUNCRAF- S.Bernardo do Campo-SP
Dra.Rafaéli Higa Scarmagnani
Fonoaudióloga (Assistente de Pesquisa) – FUSP